O início da partida foi todo do Olimpia. Aos 6, Castorino penetrou na área, caiu e ficou esbravejando pedindo pênalti. O árbitro uruguaio Roberto Silvera mandou o jogo seguir. Um minuto depois, após cobrança de escantieo, Orteman cabeceou no meio da zaga do Emelec e obrigou Dreer a fazer grande defesa, quase em cima da linha do gol.
Após a pressão inicial, o time paraguaio manteve a maior posse de bola, quase sempre no campo adversário, mas sem penetração. A equipe equatoriana, quase toda na defesa, se livrava do perigo com chutões para todos os lados. Aos poucos, foi sentindo que podia se arriscar mais e chegou a ter um gol invalidado, de Valencia, impedido, aos 19. Cutucado, o Olimpia foi à frente e colocou uma bola na trave direita de Dreer, em cabeçada de Marín, aos 21. Mas o jogo já estava equilibrado, com o Emelec mais ousado.
Aos 30, os equatorianos tiveram duas chances na mesma jogada, primeiro com Valencia e em seguida, com Galbor. Cinco minutos depois, Giménez perdeu uma chance incrível de abrir o marcador para os visitantes. Surpreendentemente, nessa altura do jogo, o time equatoriano era melhor.
No entanto, nos contra-ataques o time paraguaio era muito perigoso. Aos 42, por pouco não marca, em chute de Aranda que Dreer defendeu com o pé esquerdo. Três minutos depois veio o gol, em novo contra-golpe: Zeballos avançou pelo meio e serviu Marín, que livre na área, chutou colocado, Dreer defendeu parcialmente e no rebote Castorino só teve o trabalho de empurrar a bola para o gol vazio.
Fim de jogo sensacional: três gols em cinco minutos
Em desvantagem, o Emelec continuou atacando na segunda etapa, com o risco de se abrir para os contra-ataques. Aos 12, Bagui quase marcou, mas o árbitro já havia marcado uma falta de ataque. O Olimpia continuava a ameaçar em contra-golpes, e aos 15 teve ótima oportunidade, em cabeçada de Castorino, na pequena área, que Dreer defendeu bem.
Logo depois, o goleiro Martín Silva reclamou de dor no joelho direito, lesionado num choque com seu companheiro Meza, logo no início da etapa final. Centurión entrou aos 19 e dois minutos depois levou o gol do empate: Valencia cruzou da direita e Mondaini cabeceou no canto esquerdo do goleiro do Olimpia, que nada pôde fazer. O Emelec se animou e buscou o gol da virada. E aos 25, Centurión salvou o time paraguaio, com duas defesas seguidas, sendo que na segunda a bola ainda explodiu no travessão, em chute de Giménez.
O empate não servia para nenhum dos dois, mas era o time equatoriano que continuava tendo mais presença no ataque. No entanto, arriscava muitos chutes de fora da área e poucas oportunidades claras eram criadas. Aos 41, o Olimpia teve boa chance: Marín bateu falta com muito perigo, a bola tocou na rede pelo lado de fora e muita gente no estádio gritou gol. Um minuto depois, o Emelec virou a partida: De Jesús rolou para Mena bater forte, marcar e comemorar tirando a camisa.
A classificação surpreendente do time equatoriano parecia encaminhada. Mas havia ainda muita emoção em campo: aos 46, Caballero chutou forte, a bola desviou em Zeballos e entrou no canto esquerdo de Dreer: 2 a 2. A esperança para a torcida do Olimpia voltou, porém foi o Emelec que marcou o terceiro, aos 47: após cobrança de escanteio, Luis Quiñonez subiu mais que a zaga do time paraguaio, fez o gol da classificação e partiu para os abraços, já sem camisa, enlouquecido com o seu grande feito.
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