Maria Souza de Azevedo, de 42 anos, é mãe de dois jovens, e é mototaxista (Foto: Reprodução/TV Acre)
Uma profissão antes ocupada somente por homens, começa a fazer a 'cabeça' das mulheres na capital acreana. Trânsito difícil, sol e muitas vezes preconceito, são algumas das dificuldades enfrentadas pela mototaxista Maria Souza Azevedo. Segundo ela, que é mãe de dois jovens e está com 42 anos, o primeiro turno de trabalho começa às 7h, na hora em que arruma a casa e somente depois, sai para o trabalho. Maria, que atua como mototaxista há dois anos, diz que a rotina de trabalho é puxada. "Chego em casa geralmente às 19h, 20h. Mas já teve dia em que cheguei às 22h, isso trabalhando direto, sem nem vir em casa almoçar", diz.
A mototaxista conta que ainda é comum encontrar pessoas que têm preconceito ao vê-la nesta profissão. "Uma vez chegou um rapaz e perguntou de quem era a vez. Um dos colegas disse que era minha, então, o passageiro simplesmente virou as costas e foi pegar um mototáxi em outro ponto. Isso ainda acontece, pois, existe preconceito com as mulheres. Algumas pessoas acham que mulher no trânsito não dirige tão bem quanto o homem, mas eu acho que mulher dirige igual, ou melhor", fala. A estudante Carolina Alcântara, de 18 anos, conta que já pegou mototáxi várias vezes com mulheres e que a sensação de segurança é maior. "As mulheres sempre são mais cautelosas no trânsito, elas não furam sinal, não ultrapassam em velocidade, enfim, são mais cuidadosas no volante", afirma.
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