quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Ufac leva campanha pelo fim da violência contra mulher a municípios

Campanha começou em novembro e retomou as atividades esta semana. A intenção é que todos os municípios do Acre sejam atendidos até abril.
Lançamento da campanha em Rio Branco (Foto: Maurício Bittencout / Arquivo Pessoal)

A Universidade Federal do Acre (Ufac) retomou nesta terça-feira (28) com uma oficina no Bujari (AC) as atividades da campanha de combate à violência contra a mulher. A campanha foi lançada em novembro de 2013 e pretende até abril deste ano realizar oficinas sobre violência de gênero em todos os municípios acreanos. A campanha é realizada em parceira com a Secretaria de Políticas para as Mulheres do Acre (SEPMulheres). A responsável pelas oficinas, Fabiana Chaves, explica que antes de falar sobre a violência doméstica ou sexual, é importante analisar o panorama histórico e cultural que leva ao ato de violência. "Essa violência começa desde a educação das crianças, quando o menino tem privilégios e a menina não, quando os brinquedos do menino são da vida pública e o das meninas são da vida privada. A gente passa por todas as questões, desde a dupla jornada de trabalho da mulher, à mulher historicamente vista como propriedade em uma sociedade machista e patriarcal e trabalha sobre o que seria feminismos e machismo, para tentar desmistificar esses conceitos", afirma.

A oficina também aborda o ato de violência e como a mulher pode se defender. "Depois tem uma oficina na parte da tarde sobre a violência contra a mulher mesmo, da mulher que apanha do marido e como se livrar do ciclo de violência", diz Fabiana. A oficina pretende atingir o movimento organizado de mulheres e pessoas que trabalham diretamente com mulheres em situação de violência. O próximo encontro deve ocorrer em Porto Acre, no dia 6 de fevereiro. Fabiana destaca que as mulheres, público majoritário que participa das atividades, se identificam com os temas abordados durante as oficinas. "Quando chega na oficina, a mulher consegue entender a questão dos direitos que tem, que ela não está errada de se incomodar e que ela não é culpada de sofrer violência, elas tem uma consciência maior que são vítimas dessa situação e vão entendendo melhor e se munindo de conhecimento para poder se defender", acredita. Para mais informações sobre a campanha e os locais de realização das oficinas em cada município, é possível entrar em contato com a instituição através do telefone (68) 3901-2698.


Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário