quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Com BR interditada, mulher vai usar rota pela Bolívia para chegar em RO

Empresário também não encontra passagem para voltar a São Paulo.
Empresas de ônibus suspenderam os serviços desde o dia 18 de fevereiro.

Dona de casa tenta voltar para Guajará-Mirim em Rondônia  (Foto: acre; rio branco; dona de casa; )
A cheia do Rio Madeira, em Rondônia, continua refletindo de forma negativa no Acre. A maioria dos passageiros estão tendo dificuldades para sair do estado por conta da interdição da BR-364 desde o dia 19 de fevereiro. A passagem de carro, ônibus e caminhão foi suspensa por motivo de segurança. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a lâmina d'água se mantém em 80 centímetros acima da BR. Cota atingiu 18,51 metros no fim da tarde desta terça-feira (25).
Sem acesso pela via terrestre, quem precisa sair do estado se depara com alguns problemas como preço da passagem área e também a falta de vagas em voos. O diretor empresarial Antônio Guastaferro chegou a Rio Branco na última quinta-feira (20). Ele pretendia voltar para São Paulo de carro no domingo (23) mas não conseguiu por conta da interdição. Sem saída, mandou o veículo por um caminhão cegonha e tenta comprar uma passagem área, mas não há vagas.
Rodoviária Rio Branco  (Foto: Reprodução/TV Acre)
"São despesas de hotel, alimentação e sem contar que meus negócios estão parados em São Paulo. São prejuízos que não estavam na conta e que excederam no orçamento. A gente conta com alguns excessos, mas não que eles se quadripliquem, como aconteceu comigo. E o pior que não sei como eu vou embora", diz
Situação que a dona de casa Elizete Farias também compartilha. Ela comprou a passagem de ônibus para Porto Velho, mas desde o dia 18 as empresas suspenderam os serviços. Para poder chegar a Guajará-Mirim, Elizete decidiu usar uma rota alternativa pela Bolívia.
"Eu vou para Xapuri, depois para Bolívia, em seguida para Ribeirado e de lá é que vou para a minha cidade.  Complicada a situação, e não vou levar mais nada, os presentes que comprei vão ficar porque tem uma cota", lamenta.
De acordo com as agências de viagens, uma passagem que normalmente custa R$ 250 entre Rio Branco e Porto Velho, atualmente varia entre R$ 900 a R$ 2.700. O diretor empresarial diz que está tentando comprar direto para São Paulo.
"Por aqui a gente não está conseguindo nada. Com R$ 1.200 você consegue ir para São Paulo, uma passagem que custava R$ 77 hoje está custando R$ 1.780, é só olhar na internet. A gente fica incomunicável, o que é inconcebível para um estado bonito como o Acre. Precisa ter paciência e um fato assim desanima as empresas de virem para cá. Eu mando mercadorias para cá e sempre o frente é mais caro. Acredito eu, que é pelo fato de ter apenas uma estrada de acesso, isso quando não chove porque se chover nada funciona", desabafa.
Fonte: G1

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