domingo, 4 de março de 2012

Rio Branco já tem pré-candidaturas definidas para as eleições de 2012

Com a baixa no volume das águas do Rio Acre a temperatura subiu no cenário político. Na sexta-feira, não se falou em outra coisa senão na sucessão municipal. As reuniões da Frente Popular do Acre e as prévias do PMDB suplantatam até o lançamento da operação de limpeza da cidade [mega evento organizado pelo governador Tião Viana]. As atenções de jornalistas e colunistas políticos estiveram voltadas para o auditório da Aleac e para a sede do PMDB, na Avenida Antônio da Rocha Viana, de onde duas pré-candidaturas à Prefeitura de Rio Branco foram definidas: Marcus Alexandre, pela FPA e Fernando Melo, do PMDB. Ao lado de Tião Bocalom [PSDB], esses são os três nomes da sucessão de Raimundo Angelim.
Entre os concorrentes o único que já foi deputado estadual, federal e secretário de estado é Fernando Melo. O advogado surge na oposição com a missão de trazer o número 15 do PMDB de volta às ruas. Mas tem outros desafios pela frente. A homologação de seu nome nas prévias da sexta-feira (2), não encobriu a cizânia com João Correia, que vem se apresentando como seu principal adversário dentro do próprio partido. Correia tem dito nos quatro cantos de Rio Branco que Fernando Melo é um enviado da Frente Popular do Acre com o apoio de Sérgio Petecão. Dando sinais de que esse papo faz parte do passado, após as prévias, Melo disse à jornalistas que a missão agora é cuidar de seu plano de governo.


O segundo candidato da oposição, Tião Bocalom, do PSDB, está em São Paulo desde sexta-feira (02). Além do encontro com Geraldo Alckmin e José Serra, Bocalom se reúne com marqueteiros de sua campanha, presente que ganhou de lideranças tucanas. Figurando como a coqueluche do momento, Bocalom sofre pressões iguais a de seus adversários. Com 46% das intenções de votos apontadas na última pesquisa [dezembro de 2011], o matemático estuda a fórmula certa para manter a memória eleitoral.
Além dessa equação, Bocalom precisa resistir às pressões dos partidos parceiros: DEM, PPS e PTdoB, sendo que os dois primeiros se dizem donos da vaga de vice na chapa do tucano. Como não conta com o poder midiático, o tempo de rádio e televisão é o grande trunfo buscado pelos tucanos que precisarão de muito jogo de cintura para conquistar novos aliados, entre eles, o PP do deputado federal Gladson Cameli. Como acomodar essa onda ao estilo político de Bocalom, só o tempo vai dizer.


O terceiro candidato à sucessão de Angelim, o engenheiro Marcus Alexandre, teve seu nome homologado nesta sexta-feira (2). Com a máquina pública como aliada, e com o cacife político dado pelo governador Tião Viana, Marcus Alexandre pode até surpreender, mas terá enormes obstáculos para se consolidar como um candidato viável, capaz de representar a nova corrente política da Frente Popular do Acre, como deseja a cúpula petista. Além de densidade eleitoral, o maior desafio está dentro da própria casa: saber até onde poderá contar com o apoio da aguerrida militância do PCdoB. A saída embrutecida de Perpétua Almeida da reunião que definiu a candidatura da Frente Popular mostra que a chaga não foi curada. Além disso, Marcus conta como ponto negativo, a extensa ficha que aponta “rolos” nos contratos licitados na construção da BR 364 e ainda, nos contratos herdados de Nakamura, na administração do ex-governador Jorge Viana. Sobre ele pairam muitas suspeitas de irregularidades como gestor. Cartas lançadas, cada frente luta agora para ter uma participação maior ou menor na eleição da capital. A previsão é que mesmo com três candidaturas, a probabilidade de plebiscito seja a grande atração do segundo turno.

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